A Tocar...

domingo, 18 de maio de 2008

Parte 5 - Revelações

Subindo as escadas apertadas, a minha mente parecia um turbilhão, eu estava neste momento a delinear estratégias para uma revolução, curioso, apesar de saber que tudo o que planeio é irrelevante, devido a ser um estranho não saber de nada, mas agrada me a ideia de planear coisas, logo vou pensando na minha aventura.

Chegando de novo à sala, sinto o cheiro do chá, mas também o cheiro do café.
-Cheira a café... Não estava a preparar um chá?? - Perguntei a Nalaija.

-Sim... mas como eu sei que não gostas de chá, fiz-te um café, e trata-me por tu se não queres levar com um banho como dei à minha irmã. - Respondeu Nalaija

-Criança, não é? - Sussurrou Tari enquanto Nalaija não via.

-Ora-Impus-me-Vamos a ver se não me perco, vocês são 4 irmãs mais o Dornaber, ora e quanto às outras duas irmãs onde estão??


-Porquê, eu não te chego???-respondeu Tari irritada

-Não é isso, podemos contar com elas? - Respondi dirigindo me à janela , de forma a disfarçar o corado que me apareceu no rosto.

-Ahh, só com Iaram, Diletma, -disse Tari soluçando- é esposa de Nigok, e já não nos fala desde que somos consideradas Rebeldes.

-Hmmm, que é feito de Iaram? - inquiri.

-Aí está o grande problema, nos os 3 não conseguimos nada, mas com ela, a balança desequilibra-se para o nosso lado, Ela mora no desfiladeiro da Lua mas temos que ir lá buscá-la. - Explicou Nalaija.

-E...- perguntei eu ironicamente.

-E... tem que se atravessar a Floresta Negra, Lar dos Barrok, aqueles seres que te perseguíram, soldados de Nigok. - Respondeu Tari.

-Não interessa eu vou lá buscá-la! - Disse eu- Digam me o caminho e a fraqueza deles.

-Hmmm, de certeza?? É perigoso! - Disse Tari com os olhos molhados.


-Sim! - Respondi

-Ok, Primeiro toma isto, quando chegares a Iaram, carrega aqui e serão teleportados para aqui. - Disse Nalaija entregando me um colar em prata com uma esmeralda no meio.

-Quanto à Fraqueza, Tudo o que é mágico pode matá-los, incluindo a tua espada - Disse Tari.

-Cá está o mapa - Disse Nalaija - Mostra o Mapa a Leyhar, E diz-lhe onde queres ir ela indicará o caminho.

-Bem vou-me - Disse eu acabando o meu café.

-Espera - Disse Tari.

No momento em que olho para trás vejo os olhos vermelhos de Tari já perto de mim e sinto os lábios dela tocarem nos meus, os braços dela a envolveram o meu pescoço. Fiquei paralisado sem saber o que fazer, enquanto os meus labios aqueciam, as pernas tremiam, um arrepio subiu me as costas até ao pescoço. Quando ela se se separou de mim disse:

-Não Digas nada, Vai simplesmente, e volta....

Virei costas, e com um sorriso na boca, fui em direcção a Leyhar...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Parte 4 - Lehyar

A minha mota estava diferente, já não tinha um deposito totalmente redondo, agora a mais ou menos a meio do deposito em cada lado tem um vinco dando um aspecto mais moderno,ao lado do deposito, encontra-se uma ranhura,donde saia um cabo de espada com uma pedra negra em forma de rosa na ponta, eu apesar de tudo tentei controlar o meu espanto e perguntei:
-O que aconteceu a minha mota??

E Nalaija respondeu:
-Ora as Flores que colheste são magicas e têm o poder de dar uma alma a um objecto quando combinando as duas flores com o objecto!!

Depois virei a atenção para a espada: - E a Espada donde veio?

De repente, a mota liga-se e diz: - As flores também criam uma arma!

Eu cai para traz de susto e gaguejando disse: -Mas Ela FALA!!!

Ela tem nome!-retorquiu a mota- Sou Lehyar e sim sou uma senhora, não me confundas ta??

Nalaija rindo-se disse: -Ircador, ela será a tua companhia, ela não é um objecto agora, é um ser, uma especie de deusa, que te ira ajudar no teu precurso para descobrires o teu dom...

Pois sou uma Deusa portanto RESPEITNHO e faz favor de limpar os pés antes de subir para cima de mim...Disse Lehyar...

Mas antes de ires - Disse Tari- Tens de saber o que fazer, e estamos aqui para te ajudar, portanto vamos la acima tomar o chá que já deve estar pronto, e por-te ao corrente do plano

Continua...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Parte 3 - A Princesa da Agua

Estou de novo em cima da minha fiel mota desta vez a 180 km\h , não há tempo a perder, tenho três Homens vestidos de preto e com umas mascaras brancas, mas o curioso destas personagens era os animais que estes montam uns pegasus negros que voam a uma velocidade estonteante.

A cada quilometro que eu ando sinto mais a proximidade destes sinistros homens negros, até que de repente vejo um túnel de sebes e trepadeiras a direita, piso o travão a fundo, Reduzo de 6ª para 2ª a roda de trás começa a derrapar, dou um golpe de tronco para a esquerda para virar a mota para o dito túnel, quando vejo que estou de frente para o túnel, largo o travão , acelero a fundo e a mota dispara para a escuridão do túnel despistando assim os meus perseguidores.

Mal entrei no túnel, e reparei na escuridão, no momento em que decidi acender as luzes, a roda da frente bate numa pedra, e sou catapultado para a frente, e caio de costas no chão, e de repente tudo todos os meus sentidos se desligaram e desmaiei.

-Ircador, Ircador.- Ouviu se uma voz distante

Levantei-me com a visão ainda turva e vejo uma silhueta conhecida.

-Sim, sou eu, que rico escolhido nos foi calhar. – disse ela num tom de gozo amigável.

-Escolhido?? Só se for da parvoíce!! Onde Estou? A minha mota? Perguntei rapidamente.

-Bem és mesmo impaciente uma coisa de cada vez. Primeiro estas na casa da minha irmã Nalaija, foi ela que te encontrou no túnel, e trouxe para cá , e por acaso vim cá tomar um chá com ela.-Explicou ela.

-Pois tiveste mesmo sorte – Respondeu a outra rapariga.

Esta ao contrario de Tari , Tinha um cabelo dourado, uns olhos azuis extremamente brilhantes, a sua pele branca como a de Tari, Mas o seu olhar não e tão dócil, mas sim rebelde, impaciente, e um bocado arrogante.

E tu és Nalaija suponho?-Perguntei .


-E Supões muito bem! Sou a princesa da Agua.

-Eish calma... Não tenho nada contra ti...escusas de falar assim. - Retorqui eu.

-Eu falo como bem me apetece.- Disse Nalaija.

-Não ligues- comentou Tari- Ela tem mau feitio.

Sem mais nada da mão de Nalaija, Saiu um jacto de agua acertando em cheio na cara de Tari deixando a completamente encharcada.

-Toma la o mau feitio- Disse Nalaija.

-Isso foi desnecessario- Respondeu a outra irma ja com uma chama a sair lhe da mão..

-EI EI EI, Calma ai... Não ha motivo para tal, E ja agora Alguem me explica o que faço aqui?, e mais importante onde Esta a minha MOTA!?!?!?!?!- Disse eu enervado e com uma voz ofegante...

-Sim tens razão-Disse Nalaija- Eu explico- Pelo que sei a minha irmã já te explicou muito basicamente o que se passa menos a parte onde tu entras, Ora tu És um habitante Mornibleau, com umas particularidades interessantes..

-Ei eu não sou daqui sou da Terra - Disse eu.

-Pois,pois, E também pensas que és órfão não é? - perguntou a Princesa da Agua.

-Sim...-respondi timidamente.

-Pronto, mas não és, tu és o ultimo descendente da Família rival à nossa, os Marok e o teu pai esta Vivo, preso pelo general, mas vivo, e para te salvarem Mandaram-te para a terra. Anunciou Nalaija.

-Ok, agora fiquei amedrontado, estou aqui no meio de uma familia rival? perguntei receoso..

-Não-disse Tari rindo-Antes de Nasceres o teu pai e o nosso pai já eram amigos, mas houve uma conspiração, por quem? ainda não se sabe...Mas suspeita-se que pelo pai de Nigok.

-E como tu podes ser a única pessoa de sangue magico que poderá fazer algo para ajudar e reunir a antiga força do teu pai... és a nossa única esperança...-Disse Nalaija.

-Eish, mas e impossível eu ter sangue magico, eu não consigo conjurar Agua nem Fogo como vós.-Disse eu.

-Nem vais conseguir. Cada pessoa tem uma habilidade única. Tu tens que descobrir a tua.- Esclareceu Tari.

-Ok ontem estava de pijama e agora sou o Rambo...ai ai!!-Gemi.

-Quanto à tua mota... bem ela não está bem como a deixas-te. vamos a vê-la.

Saímos Da sala, descemos uma escadas com paredes envidraçadas com agua la dentro e alguns peixes dentro do suposto aquário.. depois uma porta abriu sozinha.. e viu-se A minha adorada Mota...

Continua...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Parte 2-A princesa do Fogo

Olho para o velocímetro, 120 Km\h poderia dar mais, mas não, quero ir nas calmas a apreciar a paisagem , sinto me livre, o vento bate-me na cara, o asfalto desliza por baixo das rodas da minha mota, sempre que faço uma curva deito a mota em vez de virar o guiador, e assim voo pelo asfalto rumo a sul...

A certa altura, as maravilhosas cores do céu desaparecem , o céu fica negro, as estrelas desaparecem , a lua esconde-se e aparecem cada vez mais flores mortas. De repente vejo uma rapariga com o seu vestido vermelho a arrastar-se pelo chão. Instintivamente piso o travão, a roda de trás prende e começa a derrapar no asfalto, mas com um golpe de tronco consigo endireita-la e para-la em frente a rapariga...

A rapariga, pálida, tinha lindos cabelos ondulados negros como o céu, os seus olhos vermelhos, brilhavam que nem uma estrela. Seu corpo era , digamos escultural, capaz de atrair qualquer homem, o seu sorriso praticamente inexistente , era frágil talvez devido aos seus finos lábios e ao seu rosto estreito, mas apesar disso, o seu rosto era fantástico, perfeito, e o seu olhar um pouco provocador mas ao mesmo tempo os seus olhos tinham a docilidade de um bebe...

-Quem és? - Perguntei eu.

-Tu sabes quem eu sou Ircador ... ora pensa...-Respondeu ela num tom enigmatico irritante.

-Não, não sei, se soubesse não te perguntava. - Neguei eu num tom extremamente arrogante arrependendo-me logo de seguida.

-Peço desculpa, não gosto de estar no escuro, deixa-me nervoso.-Desculpei-me.

-Não há nada para perdoar, compreendo que a ignorância enerve, e admito que pensava que virias mais bem preparado...bem vou directa ao assunto, tu estas num mundo chamado Mornibleau, e eu sou uma das princesas deste planeta magico, o meu nome é Tari e sou a princesa do Fogo.

- Calma - disse eu - Planeta magico? , princesa do fogo? Há mais princesas? - Disparei as perguntas instintivamente.

-Tem calma tudo a seu tempo - disse me ela com um sorriso relaxado- Continuando, O meu pai Iregior fundou este planeta hà 400 anos atrás, criou-o com uma magia antiga só conhecida por ele e assim nasceu o fantástico mundo que viste hoje. Iregior teve 4 filhas e 1 filho, eles são : eu, a princesa do fogo, Nalaija, a Princesa da agua, Diletma, a Princesa do vento, a Princesa da vida, Iaram e por fim temos Dornaber, o antigo Princepe da terra , mas agora o Rei de Mornibleau.

- Eu devo estar a sonhar! - disse eu com um ar incrédulo - Mas como sabes o meu nome? Perguntei impacientemente.

- Mais uma vez peço-te para teres paciencia em breve tudo fará mais sentido! -afirmou Tari- Bem, o meu pai morreu a um ano atras, e obviamente o meu irmão ficou com o trono, só que o problema e que ele nao percebe nada de politica, e a gestao do planeta esta a cargo de um amigo dele, Nigok, um General Ambicioso e que fará tudo para se sentar no trono.

-Pois então está-se a planear uma revolução certo? - perguntei.

- Não, Nigok quer que seja o povo a fazer a revolução, então anda a matar o planeta e como o general faz tudo as escondidas , o meu irmão arca com as culpas, provocando a ira do povo - Explicou ela

-Mas o Rei nao vê isso?- Inquiri.

-O meu irmão confia em Nigok, e este diz lhe que são causas naturais, e Dornaber , cego pela confiança, acredita. - Respondeu .

- Pois entendo, mas onde e que eu entro nesta historia?-Questionei.

-Ircador tu....

Mas Tari nao teve tempo de começar explicar, de repente ouviu-se um rugido a rasgar os céus...

-Ircador, são os guardas de Nigok, não te posso explicar agora, segue para sul ate as cataratas de de Nalaija, ela continuará a historia...

-Está bem! Vou voltar a...

E neste momento o corpo dela envolveu-se em chamas e desapareceu.

-Ver-te? Bem é melhor continuar a viagem...-Falei eu para mim mesmo

Fiquei alguns segundos paralisado com aqueles olhos vermelhos na minha mente mas, de repente, abanei a cabeça e segui outra vez para sul...


Continua...

Parte 1

Fecho os olhos, tudo esta escuro, só ouço o ar condicionado a soprar ruidosamente, mas tudo isto desaparece de repente...

Entro num mundo novo, igual ao real mas contudo completamente diferente. Continua noite, mas porem o céu não esta escuro, mas sim claro, conseguimos ver a lua lá no alto, e as estrelas cintilam que nem pirilampos. No horizonte ,a norte, temos as cores quentes do por do sol, enquanto a sul temos as cores do frio amanhecer.

Estou numa estrada, nas suas margens existem jardins relvados infindáveis. A adornar este brilhante verde, encontro fantásticas rosas negras, rodeadas de frágeis tulipas brancas, o colorido céu contrasta com o preto branco da flora nas margens desta longa estrada, como este mundo e perfeito.

De repente reparo em mim, estou igual, mas sem o meu pijama com fantasmas, mas sim com umas botas de motard, umas simples e banais calças de ganga e uma camisa verde tropa. Na minha mão esquerda levo um blusão de cabedal preto, e á minha esquerda encontro uma mota, mas não era uma mota qualquer, era uma mota estilo Harley davidson, toda cinza rato ainda a brilhar parecia que tinha do stand agora...

De repente, sinto uma picadela na mão direita, eram as chaves da mota, eu simplesmente meti a chave na ignição vesti o casaco, pus uns óculos de sol que encontrei no bolso interior esquerdo do meu casaco, e olho para norte, para o calor do por de sol...

Não sei porquê, mas sabia que o meu destino era viajar para sul, não sabia para quê, nem o que la existia, mas existia algo que tornava esta jornada com sentido...

De repente , meto a minha mao no bolso direito , onde normalmente guardo o meu telemovel, e ncontro a minha fiel faca do tipo borboleta. Com um agil golpe de pulso, abro este elegante canivete preto, depois olho outra vez para o jardim aproximo-me deste e corto com um golpe seco e frio o caule de duas flores, uma tulipa e uma rosa. Pego nelas e guardo as numa pequena mala que se situa atraz do banco da mota.

De seguida, guardo a borboleta, sento me na mota, rodo a chave , carrego no botão de ignição, e um barulho fantástico saiu do motor da mota.

Depois acerto os meus oculos, meto a primeira, e arranco em direcção ao horizonte...


Continua...