A Tocar...

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Parte 2-A princesa do Fogo

Olho para o velocímetro, 120 Km\h poderia dar mais, mas não, quero ir nas calmas a apreciar a paisagem , sinto me livre, o vento bate-me na cara, o asfalto desliza por baixo das rodas da minha mota, sempre que faço uma curva deito a mota em vez de virar o guiador, e assim voo pelo asfalto rumo a sul...

A certa altura, as maravilhosas cores do céu desaparecem , o céu fica negro, as estrelas desaparecem , a lua esconde-se e aparecem cada vez mais flores mortas. De repente vejo uma rapariga com o seu vestido vermelho a arrastar-se pelo chão. Instintivamente piso o travão, a roda de trás prende e começa a derrapar no asfalto, mas com um golpe de tronco consigo endireita-la e para-la em frente a rapariga...

A rapariga, pálida, tinha lindos cabelos ondulados negros como o céu, os seus olhos vermelhos, brilhavam que nem uma estrela. Seu corpo era , digamos escultural, capaz de atrair qualquer homem, o seu sorriso praticamente inexistente , era frágil talvez devido aos seus finos lábios e ao seu rosto estreito, mas apesar disso, o seu rosto era fantástico, perfeito, e o seu olhar um pouco provocador mas ao mesmo tempo os seus olhos tinham a docilidade de um bebe...

-Quem és? - Perguntei eu.

-Tu sabes quem eu sou Ircador ... ora pensa...-Respondeu ela num tom enigmatico irritante.

-Não, não sei, se soubesse não te perguntava. - Neguei eu num tom extremamente arrogante arrependendo-me logo de seguida.

-Peço desculpa, não gosto de estar no escuro, deixa-me nervoso.-Desculpei-me.

-Não há nada para perdoar, compreendo que a ignorância enerve, e admito que pensava que virias mais bem preparado...bem vou directa ao assunto, tu estas num mundo chamado Mornibleau, e eu sou uma das princesas deste planeta magico, o meu nome é Tari e sou a princesa do Fogo.

- Calma - disse eu - Planeta magico? , princesa do fogo? Há mais princesas? - Disparei as perguntas instintivamente.

-Tem calma tudo a seu tempo - disse me ela com um sorriso relaxado- Continuando, O meu pai Iregior fundou este planeta hà 400 anos atrás, criou-o com uma magia antiga só conhecida por ele e assim nasceu o fantástico mundo que viste hoje. Iregior teve 4 filhas e 1 filho, eles são : eu, a princesa do fogo, Nalaija, a Princesa da agua, Diletma, a Princesa do vento, a Princesa da vida, Iaram e por fim temos Dornaber, o antigo Princepe da terra , mas agora o Rei de Mornibleau.

- Eu devo estar a sonhar! - disse eu com um ar incrédulo - Mas como sabes o meu nome? Perguntei impacientemente.

- Mais uma vez peço-te para teres paciencia em breve tudo fará mais sentido! -afirmou Tari- Bem, o meu pai morreu a um ano atras, e obviamente o meu irmão ficou com o trono, só que o problema e que ele nao percebe nada de politica, e a gestao do planeta esta a cargo de um amigo dele, Nigok, um General Ambicioso e que fará tudo para se sentar no trono.

-Pois então está-se a planear uma revolução certo? - perguntei.

- Não, Nigok quer que seja o povo a fazer a revolução, então anda a matar o planeta e como o general faz tudo as escondidas , o meu irmão arca com as culpas, provocando a ira do povo - Explicou ela

-Mas o Rei nao vê isso?- Inquiri.

-O meu irmão confia em Nigok, e este diz lhe que são causas naturais, e Dornaber , cego pela confiança, acredita. - Respondeu .

- Pois entendo, mas onde e que eu entro nesta historia?-Questionei.

-Ircador tu....

Mas Tari nao teve tempo de começar explicar, de repente ouviu-se um rugido a rasgar os céus...

-Ircador, são os guardas de Nigok, não te posso explicar agora, segue para sul ate as cataratas de de Nalaija, ela continuará a historia...

-Está bem! Vou voltar a...

E neste momento o corpo dela envolveu-se em chamas e desapareceu.

-Ver-te? Bem é melhor continuar a viagem...-Falei eu para mim mesmo

Fiquei alguns segundos paralisado com aqueles olhos vermelhos na minha mente mas, de repente, abanei a cabeça e segui outra vez para sul...


Continua...

Parte 1

Fecho os olhos, tudo esta escuro, só ouço o ar condicionado a soprar ruidosamente, mas tudo isto desaparece de repente...

Entro num mundo novo, igual ao real mas contudo completamente diferente. Continua noite, mas porem o céu não esta escuro, mas sim claro, conseguimos ver a lua lá no alto, e as estrelas cintilam que nem pirilampos. No horizonte ,a norte, temos as cores quentes do por do sol, enquanto a sul temos as cores do frio amanhecer.

Estou numa estrada, nas suas margens existem jardins relvados infindáveis. A adornar este brilhante verde, encontro fantásticas rosas negras, rodeadas de frágeis tulipas brancas, o colorido céu contrasta com o preto branco da flora nas margens desta longa estrada, como este mundo e perfeito.

De repente reparo em mim, estou igual, mas sem o meu pijama com fantasmas, mas sim com umas botas de motard, umas simples e banais calças de ganga e uma camisa verde tropa. Na minha mão esquerda levo um blusão de cabedal preto, e á minha esquerda encontro uma mota, mas não era uma mota qualquer, era uma mota estilo Harley davidson, toda cinza rato ainda a brilhar parecia que tinha do stand agora...

De repente, sinto uma picadela na mão direita, eram as chaves da mota, eu simplesmente meti a chave na ignição vesti o casaco, pus uns óculos de sol que encontrei no bolso interior esquerdo do meu casaco, e olho para norte, para o calor do por de sol...

Não sei porquê, mas sabia que o meu destino era viajar para sul, não sabia para quê, nem o que la existia, mas existia algo que tornava esta jornada com sentido...

De repente , meto a minha mao no bolso direito , onde normalmente guardo o meu telemovel, e ncontro a minha fiel faca do tipo borboleta. Com um agil golpe de pulso, abro este elegante canivete preto, depois olho outra vez para o jardim aproximo-me deste e corto com um golpe seco e frio o caule de duas flores, uma tulipa e uma rosa. Pego nelas e guardo as numa pequena mala que se situa atraz do banco da mota.

De seguida, guardo a borboleta, sento me na mota, rodo a chave , carrego no botão de ignição, e um barulho fantástico saiu do motor da mota.

Depois acerto os meus oculos, meto a primeira, e arranco em direcção ao horizonte...


Continua...